Temos desde as tradicionais palavras cruzadas até os mais sofisticados jogos de vídeo game. Agora até mesmo as séries de TV (lost) e o cinema (A lenda do tesouro perdido) se tornaram produtores de enigmas. O Sudoku é uma verdadeira obra de arte em termos de enigma.
Enigma é uma palavra inglesa derivada do Latim “aenigma” que por sua vez deriva do grego “ainigma”, pelo grego “ainissesthai”, uma variante de“ainos”(fabula) que significa falar por meio de adivinhas.
Historicamente, a primeira evolução da adivinha foi a passagem da prosa para a poesia, na formulação do desafio. Provavelmente essa passagem para a forma em versos começou com o uso do dístico (poemeto de dois versos), uma conseqüência lógica do estilo curto das adivinhas em prosa e de seu conteúdo, geralmente centrado numa contradição.
Do dístico, a adivinha rimada evoluiu para estrofes mais compridas. Na Idade Média, eram comuns as adivinhas com mais de 10 versos. Entretanto, a forma poética servia meramente para introduzir dois novos atrativos formais (a métrica e a rima) ao passatempo, e um pouco mais de conteúdo ao desafio, não havendo nenhuma intenção de criar uma peça literariamente bonita ou artisticamente relevante.
Assim surgiu o enigma, um passatempo que trazia alguma esperança de sucesso para quem se dedicasse a resolvê-lo. Para isso, foi necessário impor uma restrição ao número de truques utilizados pelo criador: apenas uma metáfora bem desenvolvida (em vez de várias), contradições aparentes, duplo sentido ¾ essas eram as formas de despistamento mais utilizadas. De posse desse conhecimento, o desafiado sentia ter alguma chance de chegar à solução.